segunda-feira, 15 de julho de 2013

Histórias tão verdadeiras que às vezes parecem que são inventadas na Creche Comunitária Maceió.

            

       A atividade Histórias tão verdadeiras  que às vezes parecem que são inventadas é inspirada nos poemas Para carregar água na peneira e Histórias da Unha do Dedão do Pé do Fim do Mundo, de Manoel de Barros. A Unha do Dedão do Pé do Fim do Mundo é um lugar mítico onde duas crianças fazem peraltagens com palavras. No poema, a narradora menina conta como fabrica brinquedos com palavras e, assim como Manoel de Barros, o poeta, não tem compromisso com a verdade, mas com a verossimilhança. Dando asas à imaginação, ela e o irmão, podiam criar qualquer coisa.



Contação de histórias com Madame Tormenta Furtacor


A atividade começou 10h da manhã. A recepção foi bastante calorosa e as professoras participaram de tudo junto às crianças. A turminha, com faixa etária de dois a sete anos, foi dividida em dois grupos: primeiro as pequenininhas (2 a 4) e depois as pequeninas (4 a 7) participaram da atividade.  



Crianças de dois a quatro anos





Crianças de quatro a sete anos


Durante a contação das Histórias da Unha do Dedão do Pé do Fim do Mundo pela contadora de histórias Madame Tormenta Furtacor, os participantes mirins ficaram atentos, pois se identificaram com os protagonistas – duas crianças que fazem peraltagens com palavras. No decorrer da narrativa, tiveram várias descobertas: como carregar água na peneira, o que é poesia e o que faz o poeta, como se divertir fabricando brinquedos com palavras, os encantos de ser árvore por um dia, entre outras coisas. Foram astuciosas ao encontrar as borboletas que voavam do guarda-chuva de borboletas.



Pequeninos sendo árvores para os passarinhos





Menino que foi árvore para o passarinho




Em seguida, as participantes fizeram como os irmãos, criarão desenhos com as palavras do poema, passeando por conceitos do concretismo. Esse trabalho despertará nos participantes as inúmeras possibilidades de produção de sentido do mundo mágico da língua portuguesa, porque escrever é o mesmo que carregar água na peneira.



Artistas de dois a quatro anos



           



               





































Tia, vai ter amanhã de novo?
Não :(




Vernissage 




































































Artistas de quatro a sete anos 



















































Vernissage 















































































Elas se empenharam bastante na criação do desenho com as palavras dos poemas. As crianças a partir de quatro anos conseguiram estabelecer relações com as palavras que usaram para o desenho, entendiam a forma das palavras enquanto símbolos. Elas identificavam as iguais. Embora não soubessem o significado, o jogo de encontrar as mesmas palavras parecia divertido. As mais novas, de dois e três anos também fizeram desenhos muito interessantes, todavia ainda mais intuitivos. Ao fim, todas ficaram bem felizes quando descobriram o significado da palavra que usaram na criação, melhor ainda foi o deslumbramento de ter acabado de escrever um poema desenhado.