A
apresentação Pintura Fora do Quadro visitou a escola Ayrton Senna no alto do Morro
do Estado, em Niterói-RJ. A contação da história Nuvem Triste pela Madame
Tormenta Furtacor foi muito divertida, todos puxaram daqui, puxaram de lá,
rebolaram aqui, ajeitaram acolá e transformaram-se em pássaros, aviões, pipas,
árvores, bichos, flores e tudo mais que a imaginação pudesse desenrolar. Ao
fim, levaram uma dúvida para casa: para que serve uma nuvem? Será que tudo
serve para alguma coisa?
E cantamos e dançamos: “Tomo um banho de lua, fico branca como a neve. Se o
luar é meu amigo, censurar ninguém se atreve. É tão bom sonhar contigo, oh! Luar
tão cândido”. Música Banho de Lua.
Chamamento de amor à Lua com Madame Tormenta Furtacor |
Depois
das brincadeiras, os alunos do 2° e 3° anos, criaram bólides incríveis na
oficina Pintura Fora do Quadro, orientados pela artista plástica Bianca
Madruga. A oficina Pintura Fora do Quadro é inspirada na obra do artista
plástico Hélio Oiticica.
"A obra nasce de apenas um toque na matéria. Quero que a
matéria de que é feita a minha obra permaneça tal como é; o que a
transforma em expressão é nada mais que um sopro: sopro interior, de plenitude
cósmica. Fora disso não há obra. Basta um toque, mais nada." Hélio
Oiticica.
Bianca falando sobre os bólides do Hélio Oiticica |
O livro do artista plástico |
A matéria-prima |
"O novo seria a emergência de um estado de invenção no qual
eu cheguei; que ele se torne um mundo, um edifício sólido e coletivo. Essas
coisas são um prelúdio ao estado de invenção coletivo." Hélio Oiticica.
Começaram os trabalhos
"Sinto
que a ideia cresce para a necessidade de uma nova comunidade, baseada em afinidades
criativas, apesar da diferença cultural ou intelectual, ou mesmo sociais
e individuais". Hélio Oiticica.
"A área vazia interior é o campo para a construção total de um espaço
significativo “seu”: não há “proposição” aqui, estar-se nu diante do
fora-dentro, do vazio, é estar-se no estado de “fundar” o que não existe
ainda, de se autofundar." Hélio Oiticica.
A tarde foi maravilhosa, os artistas trabalharam com empenho espetacular. As criações poderiam ser expostas em qualquer museu do mundo, porque como Oiticica mesmo diz: o museu é o mundo!