terça-feira, 10 de setembro de 2013

Pintura Fora do Quadro (Hélio Oiticica) na Escola Ayrton Senna.

A apresentação Pintura Fora do Quadro visitou a escola Ayrton Senna no alto do Morro do Estado, em Niterói-RJ. A contação da história Nuvem Triste pela Madame Tormenta Furtacor foi muito divertida, todos puxaram daqui, puxaram de lá, rebolaram aqui, ajeitaram acolá e transformaram-se em pássaros, aviões, pipas, árvores, bichos, flores e tudo mais que a imaginação pudesse desenrolar. Ao fim, levaram uma dúvida para casa: para que serve uma nuvem? Será que tudo serve para alguma coisa? 
E cantamos e dançamos: “Tomo um banho de lua, fico branca como a neve. Se o luar é meu amigo, censurar ninguém se atreve. É tão bom sonhar contigo, oh! Luar tão cândido”. Música Banho de Lua.   



Chamamento de amor à Lua com Madame Tormenta Furtacor

Depois das brincadeiras, os alunos do 2° e 3° anos, criaram bólides incríveis na oficina Pintura Fora do Quadro, orientados pela artista plástica Bianca Madruga. A oficina Pintura Fora do Quadro é inspirada na obra do artista plástico Hélio Oiticica.  
"A obra nasce de apenas um toque na matéria. Quero que a matéria de que é feita a minha obra permaneça tal como é; o que a transforma em expressão é nada mais que um sopro: sopro interior, de plenitude cósmica. Fora disso não há obra. Basta um toque, mais nada." Hélio Oiticica.




Bianca falando sobre os bólides do Hélio Oiticica



O livro do artista plástico




A matéria-prima


"O novo seria a emergência de um estado de invenção no qual eu cheguei; que ele se torne um mundo, um edifício sólido e coletivo. Essas coisas são um prelúdio ao estado de invenção coletivo." Hélio Oiticica.
Começaram os trabalhos 

























































"Sinto que a ideia cresce para a necessidade de uma nova comunidade, baseada em afinidades criativas, apesar da diferença cultural ou intelectual, ou mesmo sociais e individuais". Hélio Oiticica.





















"A área vazia interior é o campo para a construção total de um espaço significativo “seu”:  não há “proposição” aqui, estar-se nu diante do fora-dentro, do vazio, é estar-se no estado de “fundar” o que não existe ainda, de se autofundar." Hélio Oiticica.  












































               
             




























































A tarde foi maravilhosa, os artistas trabalharam com empenho espetacular. As criações poderiam ser expostas em qualquer museu do mundo, porque como Oiticica mesmo diz: o museu é o mundo! 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Histórias de Manoel de Barros na escola Salesianos



"Com pedaços de mim eu monto um ser atônito."
Manoel de Barros









"Tudo que não invento é falso." 
Manoel de Barros




“E aquilo a que chamais mundo, é preciso, primeiro, que seja criado por vós. [...] Mas assim quer a minha vontade criadora, o meu destino. Ou, para falar-vos mais honestamente: tal destino, justamente – é o que quer a minha vontade.” Nietzsche































“Criar não é buscar um lugar ao sol, mas inventar um sol próprio.” Nietzsche



segunda-feira, 15 de julho de 2013

Histórias tão verdadeiras que às vezes parecem que são inventadas na Creche Comunitária Maceió.

            

       A atividade Histórias tão verdadeiras  que às vezes parecem que são inventadas é inspirada nos poemas Para carregar água na peneira e Histórias da Unha do Dedão do Pé do Fim do Mundo, de Manoel de Barros. A Unha do Dedão do Pé do Fim do Mundo é um lugar mítico onde duas crianças fazem peraltagens com palavras. No poema, a narradora menina conta como fabrica brinquedos com palavras e, assim como Manoel de Barros, o poeta, não tem compromisso com a verdade, mas com a verossimilhança. Dando asas à imaginação, ela e o irmão, podiam criar qualquer coisa.



Contação de histórias com Madame Tormenta Furtacor


A atividade começou 10h da manhã. A recepção foi bastante calorosa e as professoras participaram de tudo junto às crianças. A turminha, com faixa etária de dois a sete anos, foi dividida em dois grupos: primeiro as pequenininhas (2 a 4) e depois as pequeninas (4 a 7) participaram da atividade.  



Crianças de dois a quatro anos





Crianças de quatro a sete anos


Durante a contação das Histórias da Unha do Dedão do Pé do Fim do Mundo pela contadora de histórias Madame Tormenta Furtacor, os participantes mirins ficaram atentos, pois se identificaram com os protagonistas – duas crianças que fazem peraltagens com palavras. No decorrer da narrativa, tiveram várias descobertas: como carregar água na peneira, o que é poesia e o que faz o poeta, como se divertir fabricando brinquedos com palavras, os encantos de ser árvore por um dia, entre outras coisas. Foram astuciosas ao encontrar as borboletas que voavam do guarda-chuva de borboletas.



Pequeninos sendo árvores para os passarinhos





Menino que foi árvore para o passarinho




Em seguida, as participantes fizeram como os irmãos, criarão desenhos com as palavras do poema, passeando por conceitos do concretismo. Esse trabalho despertará nos participantes as inúmeras possibilidades de produção de sentido do mundo mágico da língua portuguesa, porque escrever é o mesmo que carregar água na peneira.



Artistas de dois a quatro anos



           



               





































Tia, vai ter amanhã de novo?
Não :(




Vernissage 




































































Artistas de quatro a sete anos 



















































Vernissage 















































































Elas se empenharam bastante na criação do desenho com as palavras dos poemas. As crianças a partir de quatro anos conseguiram estabelecer relações com as palavras que usaram para o desenho, entendiam a forma das palavras enquanto símbolos. Elas identificavam as iguais. Embora não soubessem o significado, o jogo de encontrar as mesmas palavras parecia divertido. As mais novas, de dois e três anos também fizeram desenhos muito interessantes, todavia ainda mais intuitivos. Ao fim, todas ficaram bem felizes quando descobriram o significado da palavra que usaram na criação, melhor ainda foi o deslumbramento de ter acabado de escrever um poema desenhado.